Jovem de Itanhaém, anbandona emprego para trabalhar em casa
Analista reserva um canto da casa para
para realizar seu trabalho(foto Rodrigo Salles).
Jovem de Itanhaém, SP, abandona emprego para trabalhar em casa
Analista cansou de subir a Serra diariamente para trabalhar.
Ele recusou entrevistas de emprego porque queria ser home officer.
Mesmo com a taxa de desemprego estável no último mês de agosto, muitos brasileiros ainda estão em busca de um trabalho para se manter financeiramente. Apesar disso, um jovem de Itanhaém, no litoral de São Paulo, preferiu abandonar o emprego e procurar uma empresa que o aceitasse como home officer, para ter mais tempo e qualidade de vida.
Rodrigo Salles, de 33 anos, nasceu e cresceu perto da praia. Para começar a carreira, o jovem viajou durante três anos para São Paulo, para trabalhar como analista de desenvolvimento, mas decidiu que queria outra vida no começo deste ano e largou o emprego. “A viagem era super cansativa e eu acabava chegando tarde em casa”, diz Rodrigo. O analista nem pensava em morar na Capital, já que toda a sua família estava estabilizada em Itanhaém. Salles conversou com seu chefe sobre a possibilidade de trabalhar em casa, mas a sugestão não foi aceita e ele optou por abandonar o emprego.
Durante meses e meses, o analista mandou currículos para várias empresas. Sua principal exigência era trabalhar em casa. Se esse critério não fosse seguido, ele nem passava pelas entrevistas. Salles conta que prestou serviços temporários por quatro meses e acabou encontrando uma empresa que aceitou sua condição. Mas, para isso abriu mão de alguns benefícios. “Tive que diminuir minha pretensão salarial, tirar gastos com alimentação e transporte, já que não saio de casa”, diz Rodrigo.
O home officer conta que não ter um horário certo de serviço é complicado. “A pressão que você tem no trabalho é a mesma. A empresa cobra até um pouquinho mais. Tem trabalhos com horário para entregar, e às vezes, eles acham que estamos sempre disponíveis”, explica Salles.
Salles também diz que sente falta de trocar experiências com profissionais da mesma área, já que fica sozinho em casa durante o período de trabalho. Mas, para ele, a troca da vida corrida da Capital pelo ritmo calmo de uma cidade litorânea, valeu a pena. “Primeiro a gente fica muito mais tranquilo. Eu me concentro melhor e assim eu tenho mais liberdade para trabalhar. Ficou mais fácil de dividir as tarefas com a minha mulher em casa”, conta Rodrigo.
Os resultados na empresa também estão aparecendo. Segundo o home officer, há outros dois rapazes em sua empresa que tem o mesmo estilo de vida que o seu e trabalham em casa. Ele visita a empresa cerca de duas vezes por semana em São Paulo para ter conhecimentos do trabalho. Rodrigo garante que a produtividade da empresa, um dos principais motivos dos chefes evitaram o trabalho à distância, está indo de vento em polpa. “Meu chefe está super contente e para mim está sendo uma experiência muito legal, diferente”, diz.
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